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Mordomia do carro oficial desafia os brasileiros

Claudio-Humberto-colunista-grande-twitter300“Instituição nacional” brega e cara, carro oficial de autoridades dos três Poderes, em todos os níveis, da Presidência da República ao município mais pobre, continua desafiando a paciência do contribuinte brasileiro. Os gastos são absurdos e sem controle. E com suspeita de fraude. Em janeiro, mesmo com o Congresso fechado, sob recesso, sua frota foi 222 vezes a postos de Brasília, adquirindo 5,9 mil litros de combustível.

Ninguém abre mão

Gastos do Executivo e do Judiciário com carros oficiais são uma caixa preta. Em vez de extinguir, as autoridades sofisticaram a mordomia.

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Ninguém merece

Só na compra e manutenção de carros oficiais, o governo federal torrou R$ 1,6 bilhão em 2016. Aí não estão incluídos motoristas e combustível.

Placas secretas

Foi criada no governo Dilma, em segredo, uma “placa de segurança”, cinza, para ser usada no lugar das placas legais, brancas e pretas.

Cadastro sigiloso

Adotadas até no Judiciário, “placas de segurança” não estão inscritas no Renavam. Suas excelências cansaram de ser xingadas nas ruas.

Direção petista da Petrobras recebia como marajás

Durante os governos do PT, os diretores da Petrobras deram-se aumentos de 257% enquanto a estatal era implacavelmente roubada. Isso representa ao menos quatro vezes a inflação do período. Dados da Petrobras mostram que, em 2007, foram gastos R$ 710 mil com cada diretor e, em 2016, a farra subiu para R$ 17,8 milhões. Entre os beneficiados estão Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, ex-diretores considerados ladrões transitado em julgado.

Que crise?

Cada um dos diretores da Petrobras recebeu, em média, R$ 195 mil por mês no ano passado. O valor é quase seis vezes o teto constitucional.

Regalias de sobra

Enquanto roubavam o país, os diretores recebiam gordos “bônus por desempenho”, além de participação de lucros, casa e outros benefícios.

Um ano no colchão

Paulo Roberto Costa foi preso em março de 2014 com R$ 700 mil e US$ 200 mil em dinheiro, mais de um ano de salários.

Vai ficar ainda pior

O caso da adulteração criminosa da carne feriu de morte um dos segmentos mais importantes do agrobusiness, único setor da economia que – até a Operação Carne Fraca – só dava boas notícias ao Brasil.

Mercado precioso

A carne suína brasileira exportada para a China teve um salto gigantesco nos últimos anos. De 2015 para 2016 o número pulou de 5,2 mil toneladas para 87,5 mil toneladas por ano. Oremos.

Fração mínima

O Ministério da Agricultura minimiza os números da operação Carne Fraca. Afinal, segundo o governo, apenas 33 dos seus 11 mil funcionários participaram do esquema investigado.

Aperta o cinto

Investimentos das 89 empresas estatais diminuíram em R$ 23,8 bilhões, em 2016. Em 2015, o valor foi de R$ 80,2 bilhões. Aplicações em obras e compra de equipamentos caíram para R$ 56,4 bilhões.

Ladeira abaixo

Resultados comprovam a ‘tendência de queda’ em investimentos das empresas estatais, lideradas pela Petrobras. O recorde foi em 2013, quando foram investidos R$ 131,6 bilhões. Desde então só caem.

Em pauta

Nesta segunda e terça-feira, especialistas de nove países se reunirão no Tribunal Superior Eleitoral e na Câmara dos Deputados para debater modelos eleitorais de todo o mundo, com foco no modelo brasileiro, que deve passar por uma reforma eleitoral ainda este ano.

Mal-estar

Causou desconforto no Senado iniciativa de funcionários terceirizados barrando a entrada de jornalistas nos estacionamentos. O comitê de imprensa reclamou e a Mesa Diretora mandou liberar.

Quartel parlamentar

A denominação de alguns deputados faz parecer que a Câmara virou um quartel, em razão dos que incorporam as patentes aos nomes. Há dois cabos, um major, um capitão e um tenente. E quatro delegados.

Pensando bem…

… a Polícia Federal deflagrou a maior operação de sua história no aniversário de três anos da Lava Jato para fazer uma festa só.

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