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Cabral decidiu delatar para se vingar da Justiça

Claudio-Humberto-colunista-grande-twitterPreso há quatro meses no complexo penitenciário de Bangu, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral está inconformado com as sucessivas derrotas na Justiça, que lhe negou todas as tentativas de habeas corpus ou de prisão domiciliar. Ele ficou também “revoltado” porque amigos magistrados não se mobilizaram para soltá-lo. Por isso, Cabral autorizou o início de tratativas para um eventual acordo de delação premiada para contar “tudo o que sabe” sobre a magistratura.

É só o começo

Ainda não ficou claro se Cabral admite restringir sua delação à Justiça do Rio de Janeiro. As negociações estão apenas no início.

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Plano B

A ideia de delatar a Justiça era o “plano B” de Sérgio Cabral, após receber um “não” como resposta à sua disposição de fazer acordo.

Condenação certa

Sérgio Cabral acha que não será absolvido, segundo interlocutores, e que somente um acordo de delação o pouparia de uma longa sentença.

Uma bomba

A intenção de investigar setores da Justiça caiu como uma bomba entre magistrados e em escritórios de criminalistas bem posicionados.

Governo cortou só 2 mil cargos e folha cresceu

O presidente Michel Temer anunciou corte de cargos comissionados, tão logo assumiu a Presidência, e de fato extinguiu mais de 2 mil deles, mas isso quase não teve impacto nos gastos com salários. Muito pelo contrário. Desde sua posse, Temer tem autorizado ou sancionado reajustes salariais que fizeram a despesa saltar de R$ 4,9 bilhões em maio de 2016, quando assumiu, para atuais R$ 5,6 bilhões mensais.

Cortou, mas aumentou

Os militares fizeram sua parte, cortando 46 mil postos e fixando o atual contingente de 340 mil homens e mulheres. Também não adiantou.

Menos vale mais

De acordo com a Transparência, em maio de 2016 os 386 mil militares custavam R$ 1,4 bilhão/mês. Os 340 mil atuais custam R$ 1,55 bilhão.

Sem luxo ou aperto

Quando Michel Temer assumiu, há dez meses, os militares tinham média salarial de R$ 3,6 mil mensais. Atualmente, a média é R$ 4,5 mil.

Confessionário

É curioso observar o estilo calmo e pragmático do presidente Michel Temer na relação com parlamentares. Até os recebe em grupo, mas fica sempre disponível para conversas individuais, no canto da sala.

Ê saudade

A articulação de Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antônio Imbassahy (Governo) virou alvo de críticas na Câmara. Deputados já dizem ter saudades da época de José Múcio, que não ouvia apenas os líderes.

Convivência constrangedora

Sabe aquela mulher traída que, em nome da família, continua ao lado do marido? É assim que se define, hoje, a convivência entre tucanos e o presidente Michel Temer, após a ação no TSE contra sua chapa.

Coincidência?

Sérgio Moro esteve na Câmara, ontem, no exato dia em que condenou o ex-deputado Eduardo Cunha a 15 anos de prisão. Ficou no plenário vizinho à sala da CPI onde começou a desmoronar o mundo de Cunha.

Repatriação ilusória

Para o diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, é ilusão pensar em “injeção de dinheiro” pela repatriação. A maioria vai regularizar, pagando multa e impostos, mas não repatriará o dinheiro.

Almoço da roça

Servidores da Câmara só poderão registrar intervalo para almoço, no ponto eletrônico, a partir das 10h. É que tinha espertinho madrugando para vazar 8h depois, simulando o cumprimento da jornada de trabalho.

Tamos aí

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) subscreveu todas as emendas de colegas de partido da Câmara à reforma da Previdência. O PPS, que integra a base de Temer, quer mudar 9 pontos do projeto.

Burocracia besta

Bancos públicos, como Banco do Brasil, usam os Correios para enviar cobrança, mas não declarações de rendimento de servidores. Só pode pela internet, para obrigar uma visita à agência para “cadastramento”.

Pensando bem…

…com a “progressão de regime”, essa excrescência brasileira, Eduardo Cunha poderá sair da cadeia a tempo de disputar, se quiser, a eleição municipal de 2020.

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Fique por dentro dos bastidores da política na coluna de Cláudio Humberto.

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