A visibilidade dada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem enciumado o PSDB, que cobrou maior protagonismo do partido no governo. A primeira faísca de crise na base aliada entrou no cardápio de um jantar na quarta-feira no Palácio do Jaburu, oferecido pelo presidente interino, Michel Temer, à cúpula tucana.
Segundo relato de presentes, o mal-estar foi manifestado pelo presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). O senador demonstrou preocupação sobre a eficiência do ajuste fiscal e citou os reajustes concedidos a várias categorias do serviço público.
Temer tentou colocar panos quentes e ofereceu ao líder do governo, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), uma cadeira em reuniões sobre as decisões do Palácio do Planalto. O presidente interino também se comprometeu com reformas após o Senado confirmar o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
A preocupação tucana remete às eleições de 2018. Com Temer fora da disputa, o PSDB ainda está dividido e não tem um candidato de consenso à Presidência. O PMDB não descarta lançar Meirelles.
