O Ministério Público Federal (MPF) informou que os agentes da Polícia Legislativa presos nesta sexta-feira (21) pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Métis, realizaram ações de contrainteligência em busca de escutas instaladas pela PF nos endereços de três senadores e de um ex-parlamentar investigados na Operação Lava Jato.
De acordo com o MPF, os agentes viajaram pelo menos duas vezes a São Luís e a Curitiba para fazer varreduras nos endereços dos parlamentares, sob ordens do diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho.
A operação da PF contra o grupo teve início após uma delação premiada de um policial legislativo, segundo o qual foram realizadas ao menos quatro buscas por escutas.
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Apesar das varreduras não configurarem crime em si, os procuradores afirmam ser ilegal a utilização de recursos públicos para a realização de ações de contrainteligência em endereços de pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava Jato.
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“A deliberada utilização de um equipamento sofisticado, de propriedade do Senado Federal, passagens aéreas custeadas pelo Erário e servidores concursados, em escritórios e residências particulares, não possui outro objetivo senão embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa”, diz o pedido do MPF para a prisão dos agentes legislativos.
Operação Métis
Ao todo, são cumpridos nove mandados judiciais por decisão da 10ª Vara da Justiça Federal, quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. Agentes da PF foram ao Senado na manhã desta sexta-feira para coletar provas.
O nome dos políticos envolvidos não foi divulgado. Ao menos 12 senadores já foram citados nas investigações da Lava Jato e são investigados pelo STF.