Brasil

Dilma diz que não descarta se candidatar à Câmara ou ao Senado

A ex-presidente Dilma Rousseff disse que não descarta ocupar um cargo no Senado Federal ou na Câmara dos Deputados. Mesmo após seu processo de impeachment ter sido aprovado nas duas Casas, ela não perdeu seus direitos políticos para ocupar postos eletivos.

«Eu não afasto a possibilidade de me candidatar para esse tipo de cargo: senadora, deputada, esses cargos», disse em entrevista para a agência de notícias France-Presse (AFP) em Brasília.

Golpe

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Na conversa, a ex-presidente manteve o discurso, usado durante sua campanha pela absolvição do processo de impeachment, de que foi vítima de um golpe. «Hoje está cada vez mais claro para a população que há esse intuito de impedir que todos os investigados do governo sejam acionados e processados.»

Lula

Dilma comentou ainda a mais recente pesquisa eleitoral que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderando as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018. «Apesar de toda essa tentativa de destruição da personalidade e da história, Lula continua em primeiro lugar, sendo espontaneamente o mais votado», comentou.

Cunha

Dilma Rousseff também falou de seu desafeto, o deputado cassado Eduardo Cunha, responsável pela abertura de seu processo de impeachment na Câmara. «Eu não tenho em relação ao Eduardo Cunha nenhum sentimento de vingança ou qualquer coisa que o valha. Eu não tive em relação ao torturador. Não dou luxo para torturador de ter ódio de torturador, nem tampouco para o Eduardo Cunha.»

Cunha está preso desde outubro do ano passado em um presídio na região metropolitana de Curitiba por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Ele é réu na Lava Jato, acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.

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