Brasil

Debaixo de chuva e muita emoção, corpos das vítimas são recebidos em Chapecó

Cinco dias após o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas na Colômbia no que foi a maior tragédia do esporte brasileiro, os corpos das vítimas fatais chegaram neste sábado à Chapecó. Ao chegarem na Arena Condá, onde eram esperados por torcedores da Chapecoense, mas também de outros clubes, foram recebidos aos gritos de “o campeão voltou!”.

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Os aviões da FAB (Força Área Brasileira), com os corpos dos jogadores e comissão técnica da Chapecoense chegaram a Chapecó por volta das 9h45, com quase duas horas de atraso do que estava programado.

O presidente Michel Temer já estava no aeroporto da cidade catarinense e acompanhou o desembarque dos corpos, que deixaram os aviões em uma cerimônia militar. Alguns familiares das vítimas também estavam no local e se encontraram com o presidente, que só então confirmou sua ida ao velório na Arena Condá.

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Os caixões lacrados, que chegou a ser motivo de reclamação de alguns familiares, já que queriam fazer a última despedida a seus entes, foram então colocados em caminhões para dar início ao cortejo até a Arena Condá. Apesar da forte chuva que caía na cidade, o trajeto foi acompanhado por muita gente.

No estádio da Chapecoense, torcedores já aguardavam seus ídolos desde o amanhecer. Algumas pessoas passaram a noite do lado de fora da Arena Condá. O clima era de forte emoção. Assim que os caminhões chegaram, foram recebidos aos gritos de “O campeão voltou” e muitas palmas.

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Militares carregaram os caixões, sob muitos aplausos, para uma área reservada no gramado, protegido da forte chuva, onde os familiares estavam. Nesse momento, a água da chuva já se misturava com as lágrimas de todos na Arena Condá.

Os nomes de cada um dos jogadores e membros da comissão técnica foram falados enquanto balões brancos eram soltos e o público apaludia cada um. O prefeito de Chapecó falou um pouco, assim como o bispo da cardiocese da cidade, que leu uma mensagem do papa Francisco. Cid Moreira também leu passagens bíblicas. Em todos os discursos havia também a ideia de reconstrução da Chapecoense, e que o clube irá se reerguer.

Ao final da cerimônia, o Atlético Nacional, time de Medellín, também foi lembrado por toda solidariedade que demonstrou aos brasileiros nesse duro período. Houve uma salva de tiros, mensagens de Neymar, Marcelo Moreno, Juninho Pernambucano e outros atletas famosos e a torcida cantando alto «Vamô, vamô, Chape!», além dos familiares dando uma volta no gramado com a imagem de seus entes que perderam a vida no acidente.

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