Brasil

Com um ano de atraso, governo começa a fazer raio-x dos presídios

Com a crise carcerária já perdendo espaço na agenda, o Brasil poderá ter, enfim, dados fidedignos sobre as condições dos presídios e dos presos. A partir desta segunda será colocado em funcionamento o Sisdepen (Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional). Trata-se de uma base de dados que pretende fazer um panorama da infraestrutura das 1,6 mil penitenciárias brasileiras, um levantamento do funcionamento de serviços atrás das grades e, no futuro, permitir identificar a situação individual de cada detento.

presidios-cronogramaO sistema estava nos planos do governo para ser lançado em janeiro de 2016, mas o atraso, segundo o Ministério da Justiça, deve-se a má-prestação de serviço da empresa contratada, a Stefanini Consultoria e Assessoria.

Após o serviço ter sido considerado inadequado, o governo partiu para o plano B e contratou o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública de informática, que desenvolveu o Sisdepen, sucessor do obsoleto Infopen, não atualizado desde 2014.

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Dados estaduais
O primeiro módulo espera levantar as condições das penitenciárias. As informações podem começar a ser  colocadas no Sisdepen hoje pelas secretarias penitenciárias dos Estados. A conclusão desta etapa depende da velocidade dos servidores em abastecer o sistema.

Para agilizar o processo, o governo colocou à disposição de 12 estados das regiões Nordeste e Sul 1.028 computadores.

O segundo módulo identificar os presos um a um e deve começar a funcionar no mês que vem.

O terceiro módulo é considerado estratégico para desvendar a situação dos detentos. Estima-se que 40% dos presos não tenham sido sequer sentenciados.

O último módulo permitirá a advogados e o Ministério Público ter acesso on-line a toda a ficha criminal do preso e aos dados qualitativos e quantitavos das prisões.

 

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