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Começa a disputa pela sucessão de Eduardo Cunha na Câmara

A perspectiva de renúncia ou cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – o julgamento em plenário deve ser em 13 de julho – pôs em marcha uma campanha, ainda de bastidores, pelo mandato-tampão na presidência da Câmara. Os pré-candidatos deverão intensificar as conversas após o período de festas juninas.

O chamado “Centrão” – grupo formado por 13 partidos: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, Pros, PSL, PTN, PEN e PTdoB – tomou a dianteira e, por somar  225 dos 513 votos, poderá entrar na disputa como favorito.

O bloco tem pelo menos seis candidatos, nenhum  considerado de consenso.

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Rogério Rosso (PSD-DF) foi sondado para a missão, mas foi acometido pela desmotivação com um período muito curto no cargo. Quem for eleito ficará sete meses na cadeira, até fevereiro de 2017.

Jovair Arantes (PTB-GO) é outro que deve deixar as pretensões para o ano que vem.

Olhar vigilante
O presidente interino Michel Temer procurará não interferir nas eleições da Câmara, mas tem orientado o líder do governo, André Moura (PSC-SE), a manter um ambiente favorável para a votação de projetos da agenda do governo.

Internamente, o Palácio do Planalto avalia Moura e Rodrigo Maia (DEM-RJ) como nomes de perfil conciliador.

Respeito a maioria
Maior bancada com 66 deputados, o PMDB tem uma divergência.

Peemedebistas tentam convencer o líder Baleia Rossi (SP) a reivindicar o direito de ter um candidato próprio agora ou negociar a troca de apoio visando as eleições de fevereiro. “O PMDB deveria concluir o mandato de Cunha”, avalia Osmar Serraglio (PMDB-PR), um dos pré-candidatos.

Posição
A antiga oposição, DEM, PSDB e PPS, vê com preocupação o fortalecimento do “Centrão” e não descarta lançar candidato para marcar posição e fazer uma aliança somente num eventual segundo turno.

Após a derrota da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PT dificilmente terá um candidato viável, mas a decisão de fazer alianças ou se manter neutro não foi nem sequer debatida. É considerada pelos petistas até a hipótese de apoiar um adversário do “Centrão” dependendo do candidato a ser lançado.

PSB e PSOL também indicarão nomes para a corrida eleitoral da Câmara.

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