Brasil

Batalha entre juiz Sérgio Moro e Lula cresce após volta de ações

Está em curso uma guerra jurídica entre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o juiz federal Sérgio Moro desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) devolveu a Curitiba, há pouco mais de um mês, os inquéritos que estavam “travados” no Supremo desde março, depois da nomeação do petista à chefia da  Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff.

A defesa de Lula já entrou com nove questionamentos contra o juiz ou o andamento do processo após 13 de junho, data em que a força-tarefa no Paraná retomou investigações sobre o tríplex no Guarujá (litoral de São Paulo), o sítio em Atibaia (interior de SP) e a LILS (empresa de palestras) ligados ao ex-presidente.

Queixas variadas

Recomendados

No período, o STF, a PGR (Procuradoria-Geral da República), a 10ª Vara Criminal de Brasília e o próprio Moro receberam três embargos de declaração (pedidos de esclarecimentos de decisão), três petições, um agravo regimental (recurso), uma reclamação e uma exceção de suspeição (alegação de que o juiz não pode conduzir o caso).

Quatro desses procedimentos questionam diversos pontos processuais, tais como a duplicidade de fatos em investigações diferentes e a distribuição do caso Lula-Cerveró (em que o petista é suspeito de ter comprado o silêncio do ex-diretor da Petrobras) à 10ª Vara Criminal de Brasília.

Os demais instrumentos atacam diretamente a atuação de Moro, desde a competência do juiz para conduzir o caso até supostas violações e abusos de autoridade por parte do magistrado.

Moro responde

Na semana passada, Moro escreveu ao STF sobre a publicação de gravações em que Lula conversa com a então ainda no exercício do cargo presidente  Dilma Rousseff, além de ministros e outros membros da cúpula petista.

O texto era resposta a uma reclamação de Lula do último dia 5, em que acusava Moro de “usurpação de competência” do Supremo ao divulgar as conversas, já que vários ‘grampeados’ tinham foro privilegiado.

Moro se defendeu afirmando que a única gravação invalidada, por ter sido colhida fora do prazo permitido, foi entre Lula e Dilma, e que esta já foi desconsiderada dos autos – após determinação do ministro relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki.

Os advogados de Lula replicaram o argumento no mesmo dia – ainda não nos tribunais, mas em uma nota à imprensa, chamando o posicionamento de Moro de “inconsistente”.

Todas as aélegações da equipe que defende o ex-presidente estão reunidas no site abemdaverdade.com.br.

Captura de Tela 2016-07-17 às 19.25.10

 

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos