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Alunos que pularam nas costas de colega têm 11 anos e não podem ser apreendidos, explica polícia

Carlos Nazara morreu uma semana após agressão; outros dois garotos de 15 anos estão na Fundação Casa

Caso aconteceu em Praia Grande, em SP
Carlos Teixeira Gomes Nazara, de 13 anos, morreu uma semana após dois colegas pularem nas costas dele, em Praia Grande, no litoral de SP (Reprodução/Arquivo pessoal/Redes sociais)

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A Polícia Civil segue investigando a morte do adolescente Carlos Teixeira Gomes Nazara, de 13 anos, que faleceu uma semana após ser agredido dentro de uma escola estadual, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Conforme a corporação, os colegas que pularam nas costas da vítima têm 11 anos, assim, ainda são crianças e não podem ser apreendidos.

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Conforme reportagem do site G1, a polícia destacou que essas duas crianças devem receber medidas de proteção, como consta no no Artigo 101 da Lei nº 8.069. Entre elas está o encaminhamento a cuidado dos pais ou responsáveis, orientação e apoio temporários, inclusão em programa de acolhimento familiar, entre outras.

Já outros dois adolescentes de 15 anos, que foram apontados pela agressão cometida contra Carlos no último dia 19 de março, dentro do banheiro da Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, que foi registrada em um vídeo (veja abaixo), foram apreendidos. Ambos foram encaminhados à Fundação Casa e colocados à disposição da Justiça.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) representou pela apreensão dos dois adolescentes de 15 anos por conta da prática de bullying somada à agressão. Assim, eles foram recolhidos na manhã de segunda-feira (6), em Praia Grande.

O inquérito policial sobre a morte de Carlos segue em andamento para apurar se houve homicídio com dolo eventual, que é quando a pessoa assume o risco de matar.

Relembre o caso

Dias depois dessa confusão gravada em vídeo, em 9 de abril, Carlos conversava com um amigo, quando dois alunos de 11 anos pularam nas costas dele. A partir daí, o menino passou a reclamar de dores e apareceu em outro vídeo chorando de dor (veja abaixo - ATENÇÃO: imagens fortes).

A mãe de Carlos, Michele de Lima Teixeira, contou que depois disso o menino foi levado várias vezes para atendimento em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a pronto socorros. “Meu filho não fez um exame de urina, não fez nada. Meu filho gemendo por falta de ar, sem respirar”, relembrou.

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Apesar das medicações, o estado de saúde não melhorava e ele acabou sendo encaminhado à Santa Casa de Santos, no último dia 15 de abril. Lá, os médicos disseram que o adolescente estava com uma infecção no pulmão e precisaram entubá-lo.

Carlos foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas sofreu três paradas cardiorrespiratórias e morreu na tarde do dia 16 de abril. No atestado de óbito consta que o adolescente morreu por causa de uma broncopneumonia bilateral, que é um tipo de pneumonia que inflama os pulmões.

A Prefeitura de Praia Grande informou que abriu um “processo administrativo para apurar os procedimentos adotados nos atendimentos. E se for constatada alguma irregularidade, as providências cabíveis serão tomadas”.

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